DSTs e ISTs
Como o próprio nome já indica, as DSTs são doenças transmitidas por meio do ato sexual sem proteção e as ISTSs são infecções transmitidas da mesma forma, seja devido à troca de fluidos ou ao contato com lesões existentes. Elas podem ser causadas por vírus, bactérias, fungos ou protozoários.
Para se prevenir, é fundamental manter os exames em dia e ainda solicitá-los a seu/sua parceiro(a), além do uso de preservativos. Adicionalmente, vale adquirir o hábito de verificar a existência de lesões ou a manifestação visível de qualquer sintoma. Em caso positivo, consulte um profissional da saúde especialista no ramo.
Assim, conscientização sobre as DSTs e suas formas de prevenção é essencial para evitar a transmissão dessas doenças. Fora isso, é importante realizar consultas e exames constantes para, se for o caso, garantir um diagnóstico precoce e iniciar os tratamentos necessários o quanto antes. Por isso, se informe à baixo sobre as DSTs e ISTs mais comuns:
1.
Herpes:
O vírus do herpes causa pequenas bolhas e lesões dolorosas na região genital masculina e feminina. As feridas podem acompanhar ardor, coceira, dor ao urinar e até mesmo febre. Os sintomas podem reaparecer e se prolongar quando a imunidade estiver baixa.
Segundo a infectologista Brenda Hoagland, da Fiocruz, o herpes não tem cura e a partir do momento que você adquiri a infecção, podem ocorrer diversos episódios ao longo de sua vida. A única forma de prevenção é o uso de preservativos.
A doença pode ter consequências graves durante a gravidez, podendo provocar o aborto ou trazer sérios riscos ao feto
2.
Hepatite B ou C:
No Brasil, as formas virais mais comuns de Hepatite são as causadas pelo vírus B ou C.
A Hepatite B é transmitida sexualmente, por transfusão de sangue ou compartilhamento de material para uso de drogas. As mesmas formas valem para Hepatite C mas a transmissão sexual é mais rara.
De acordo com o Ministério da Saúde, milhares de brasileiros são portadores dos vírus B ou C e não sabem. Assim, correm riscos de desenvolver a doença crônica e ter graves danos no fígado, como cirrose e câncer.
A vacina para o vírus B esta disponível na rede pública, no entanto não há forma preventiva para o vírus C.
3.
Aids e HIV:
Conhecida como Aids, a síndrome da Imunodeficiência Adquirida é causada pelo vírus HIV e compromete o funcionamento do sistema imunológico. Diversas vezes, a doença não manifesta sintomas, quando surgem, no início, costumam ser semelhantes ao da gripe, como febre e dor de garganta. Com a evolução do quadro, o paciente pode ter perda de peso, sudorese noturna e infecções recorrentes devido à baixa imunidade.
Por mais que ainda não haja cura para essa doença, existem tratamentos capazes de retardar a doença e assim, garantir, mais qualidade de vida aos pacientes.
4.
Sífilis:
Tem como causa uma bactéria transmitida através da relação sexual, seja ela, vaginal, anal ou oral. Outra forma de contágio é a transmissão vertical, passada da mãe para o bebê.
Sífilis primária - na maioria das vezes manifesta-se por meio da úlcera, chamada de lesão ou ferida única, que aparece no período de 10 a 90 dias após o contágio. Não dói, não coça, nem arde e desaparece espontaneamente entre duas e seis semanas.
Sífilis secundária - é o nome que se da à sífilis não tratada na fase primária, ela aparece depois das passadas 6 semanas e pode chegar à 6 meses, desde que apareceu a úlcera inicial. A essa altura, todos os órgãos podem ser afetados. Notam-se erupções cutâneas e manchas, principalmente na palma das mãos e nos pés, esses sintomas também desaparecem de forma espontânea, mesmo sem tratamento. Nesse estágio também pode aparecer algum sintoma ocular, a principal queixa dos pacientes é a baixa visão ou visão turva.
Sífilis latente - a já ocorreu há dois anos e os sintomas já desapareceram, a única forma de ser diagnosticada é por meio de testes laboratoriais.
Sífilis terciária - representa de 15 a 25% das infecções não tratadas, podem surgir de 2 até 40 anos após a primeira infecção. Costuma apresentar lesões na pele, ossos, neurológicas, cardiovasculares e pode levar à óbito.
A substância mais conhecida pelo tratamento da Sífilis é penicilina, também conhecida como benzetacil.
5.
HPV:
É um vírus contagioso e transmitido, em geral, pelo contato físico e o modo mais comum de transmissão é por meio de relações sexuais. Portanto, é considerado uma infecção sexualmente transmissível ( IST ), mas raramente, pode também ser transmitida por objetos. O HPV é um vírus que infecta a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões percursoras de câncer, como câncer de colo de útero, garganta ou anus.
No primeiro contato sexual, 1/100 meninas entram em contato com o vírus. Em geral, 80 a 90% da população já entrou em contato com o vírus em algum momento da vida, mesmo que não tenha desenvolvido lesão. No entanto, é importante lembrar que mais de 90% das pessoas conseguem eliminar o vírus do organismo naturalmente.
A melhor forma de prevenção contra a doença é a vacina, existem dois tipos, ambas registradas e aprovadas pela ANVISA e estão comercialmente disponíveis.
6.
Gonorreia:
É uma doença infectocontagiosa causada por uma bactéria sexualmente transmissível que infecta especialmente a uretra, canal que liga a bexiga ao meio externo. A bactéria também pode infectar o revestimento do colo do útero e a prática de sexo anal e oral pode levá-la para a região do reto e da garganta, em algumas situações até a córnea pode ser acometida.
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Os sintomas no reto incluem obstrução do canal anal, coceira, sangramentos e secreções.
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Os sintomas da garganta incluem dor e alterações na fala.
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Caso atinja o olho, pode resultar em secreção e inchaço.
Quando ocorrem, a bactéria causa pequenas manchas vermelhas e doloridas na pele e agride as grandes articulações, provocando dor forte. Em caso de disseminação, a doença pode causar artrite séptica gonocócica, que provoca dor e inchaço nas articulações dos pulsos, cotovelos, joelhos e tornozelos.
Uma das outras formas de transmissão é da mãe para o bebê, durante a gravidez, parto ou amamentação.
Nos homens, em geral, ocorre a uretrite gonocócica, provocando sintomas mais aparentes como secreção e se alcançar os testículos, pode causar infertilidade masculina. E, nas mulheres, ao atingir o útero, provoca inflamação e infertilidade, podendo, em alguns casos, ser fatal.
O período de encubação vai desde a relação desprotegida até 14 dias após. Por isso, uma das maneiras de diagnosticar é perguntar quanto tempo depois da relação surgiram os ferimentos.
O tratamento é feito por meio de antibióticos, é barato e está disponível gratuitamente na maioria dos postos de saúde.
7.
Herpes genital:
É transmitida através de relações sexuais. O que muitos jovens desconhecem é que a transmissão pode ocorrer através do próprio ato e pelo sexo oral. O vírus causa lesões doloridas na região genital, tais que podem arder e causar coceira. Em alguns casos, os sintomas incluem dor ao urinar e febre.
Por conta de imunidade baixa, os sintomas podem reaparecer ou se prolongar.
Além dos incômodos e das feridas, o vírus facilita a contaminação de outras DSTs, por isso, portadores de herpes devem ter cuidado redobrado para evitar a transmissão e para não se contaminarem com outras doenças.
O herpes não tem cura, a partir da infecção você está exposto e vulnerável à ter vários episódios e recaídas durante a vida. Sua única forma de prevenção é o uso de preservativos.
8.
Candidíase:
Causada por micose ou fungos, a candidíase apresenta maior incidência em mulheres, jovens ou adultas. A doença pode afetar a vagina, a pele ou a boca — nesse último caso, conhecida como sapinho. A infecção também é comum com a gravidez e com a puberdade, devido ao estresse, bem como em decorrência da diabetes ou após o uso de antibióticos.
O principal sintoma da candidíase vaginal é a presença de um corrimento esbranquiçado. No homem, a doença causa coceira no pênis e vermelhidão nas regiões da glande e do prepúcio.
O tratamento é feito com medicamentos antifúngicos, tópicos ou orais, e é importante que ambos os parceiros sejam tratados, mesmo que apenas um deles seja diagnosticado com a doença.
8.
Clamídia:
Por mais que essa DST atinja pessoas de todas as idades, é mais comum em mulheres jovens. Temos aqui mais um caso de dificuldade de diagnóstico (e, consequentemente, de tratamento), já que nem sempre aparecem sintomas ou sinais clínicos. Quando surgem, os principais indícios são: dor ao urinar e corrimento semelhante ao aspecto da clara de ovo.
A falta de diagnóstico faz com que a doença progrida para uma infecção mais profunda, que pode acabar comprometendo a fertilidade, além de causar dores durante as relações e aumentar os riscos de gravidez nas trompas ou de parto prematuro. Para tratar, é recomendado o uso de antibióticos tanto para o paciente como para seus parceiros sexuais.