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Educação sexual e abuso infantil

A sexualidade é um dos termos mais frequentes dos produtos veiculados pela indústria do entretenimento. Assim, esse forte apelo estimula a erotização precoce das crianças e adolescentes. Dessa forma, a educação sexual ensina que os jovens sejam críticos e saibam identificar situações problemáticas para saberem se posicionar.

Qualquer ato que envolva uma criança visando a gratificação sexual de um maior de idade é considerado abuso sexual. Então, além de danos imediatos, tal ato aumenta o risco de apresentar malefícios de longa duração, incluindo problemas emocionais, psicológicos ou abuso de substâncias.

Em 2018, o Brasil registrou ao menos 32 MIL casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes. O índice equivale a mais de 3 casos por hora.

- Ministério da Saúde 

40% do total de notificações de violência sexual contra crianças e adolescentes são de 10 a 14 anos, 21% dos casos são crianças de 1 a 5 anos, e 19% dos casos as vítimas são adolescentes de 15 a 19 anos.

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-Disque 100

Entre 2011 e 2017, em 92% das denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes as vítimas eram do sexo feminino.

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- Disque 100

Entre 2012 e 2015, foram registrados mais de 157 MIL casos de violência sexual contra crianças e adolescentes. Isso significa que, a cada uma hora, há pelo menos 4 casos de um jovem sexualmente violentado no Brasil

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-Childhood Brasil

Assim, a violência sexual infantil é uma realidade no Brasil. Os dados sobre abuso de crianças e adolescentes revelam números alarmantes: de acordo com o balanço mais recente do Disque 100, foram registradas 17 mil denúncias de violência sexual infantil apenas em 2019, o equivalente a uma ocorrência a cada meia hora. No entanto, mesmo a grande quantidade de casos registrados não reflete a real situação da problemática no Brasil, uma vez que muitos não são denunciados.

Tipos de abuso infantil

  • Pedofilia: Consta na Classificação Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) e diz respeito aos transtornos de personalidade causados pela preferência sexual por crianças e adolescentes. O pedófilo não necessariamente pratica o ato de abusar sexualmente de meninos ou meninas. No entanto, o Código Penal e o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) não preveem redução de pena ou da gravidade do delito se for comprovado que o abusador é pedófilo.

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  • Violência Sexual: A violência sexual praticada contra crianças e adolescentes é uma violação dos direitos sexuais porque abusa e/ou explora do corpo e da sexualidade de garotas e garotos. Ela pode ocorrer de duas formas: abuso sexual e exploração sexual (turismo sexual, pornografia, tráfico e prostituição).

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  • Abuso sexual: Nem todo pedófilo é abusador, nem todo abusador é pedófilo. Abusador é quem comete a violência sexual, independentemente de qualquer transtorno de personalidade, se aproveitando da relação familiar, de proximidade social, ou da vantagem etária e econômica.

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  • Exploração sexual: É a forma de crime sexual contra crianças e adolescentes conseguido por meio de pagamento ou troca. A exploração sexual pode envolver, além do próprio agressor, o aliciador, intermediário que se beneficia comercialmente do abuso. A exploração sexual pode acontecer de quatro formas: em redes de prostituição, de tráfico de pessoas, pornografia e turismo sexual.

Como orientar, proteger e prevenir o jovem do abuso sexual

  • Explique para a criança quais são as partes íntimas do corpo:

É importante que as crianças aprendam a nomear corretamente as partes do corpo e saibam identificar o que é íntimo, assim ela pode relatar aos pais ou professores quando algo fora do comum acontecer. Explique que ninguém pode tocar nessas regiões e nem vê-las, apenas os pais quando forem dar banho ou trocar de roupa.

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  • Explique sobre os limites do corpo:

Converse com a criança sobre permissão. Ensine que ninguém pode tocar as suas partes íntimas, nem ela não pode tocar nas partes íntimas de nenhuma pessoa, seja ela conhecida ou desconhecida. Alerte a criança para possíveis estratégias usadas por abusadores, como trocar carícias por doces e assim por diante.

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  • Incentive seu filho a conversar com você:

Muitas vezes, os abusadores pedem às crianças para manterem o ocorrido em segredo, seja ameaçando ela ou de maneiras lúdicas. Por isso, ensine que segredos não são coisas boas e que ele sempre pode e deve contar a você tudo o que acontece. Lembre-se que essa relação de confiança é muito importante e, por isso, a criança nunca deve ser punida, criticada ou castigada por contar qualquer coisa sobre o seu corpo.

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  • Saiba o que ele está fazendo:

Muitos dos casos de abuso infantil acontecem quando uma criança passa horas sozinha com um adulto, que pode ser um membro da família ou um conhecido. Por isso, saiba o que seu filho está fazendo mesmo quando você não estiver.

Se for preciso deixá-lo por horas com um adulto ou um adolescente responsável, tenha meios de vigiá-los por um tempo para saber como é esta relação ou prefira situações nas quais seu filho esteja junto a um grupo, pois isso dificulta a ação de abusadores.

Mesmo nesses casos, não baixe a guarda: tente saber sobre as pessoas que cuidarão da criança durante sua ausência. Por exemplo, se você for inscrever seu filho em um acampamento, saiba quem são os monitores e qual preparo eles possuem para prevenir e reagir contra um possível abuso.

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  • Preste atenção nas reações da criança:

Sempre analise a reação da criança. Se ela demonstra não ter afeição por alguém próximo, que ela teoricamente deveria desenvolver afeto, tente entender o motivo.

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  • Identifique os possíveis sinais de um abuso:

Não é fácil notar sinais físicos de um abuso sexual, mas é possível que a criança tenha alterações no seu comportamento, como: irritação, ansiedade, dores de cabeça, alterações gastrointestinais frequentes, rebeldia, raiva, introspecção ou depressão, problemas escolares, pesadelos constantes, xixi na cama e presença de comportamentos regressivos (por exemplo, voltar a chupar o dedo). Outro sinal de alerta é quando a criança passa a falar abertamente sobre sexo, de forma não-natural para a sua idade, física e mental.

Se você notar algum desses sinais, tome cuidado com a sua reação, porque ela pode fazer com que a criança se sinta ainda mais culpada. O importante é apoiar a criança, escutar o que ela tem a dizer e não duvidar da sua palavra. Busque ajuda e orientação profissional para que o seu filho consiga falar sobre o ocorrido e lidar com o fato.

Onde denunciar?

DISQUE 100

Serviço de proteção vinculado ao Governo Federal que recebe, analisa e encaminha denúncias de violações de direitos humanos. Para efetuar a denuncia, o usuário disca para o número 100, passa pelo atendimento eletrônico e, após selecionar a opção desejada, é encaminhado ao atendimento humano que registra a ocorrência e a envia aos órgãos de proteção competentes. O serviço funciona diariamente, 24 horas por dia (incluindo sábados, domingos e feriados) e as ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita de aparelho fixo ou móvel.

Aplicativo proteja brasil

Depois de instalar o aplicativo gratuito em seu celular, o usuário responde um formulário simples, registra a denúncia, a qual será recebida pela mesma central de atendimento do Disque 100. Se quiser acompanhar a denúncia, basta ligar para o Disque 100 e fornecer dados da denúncia.

ONGs

conselho tutelar

O Conselho Tutelar é responsável pelo atendimento de crianças e adolescentes ameaçados ou violados em seus direitos. Pode aplicar medidas com força de lei. A denúncia pode ser feita por telefone ou pessoalmente, na sede do conselho. Encontre o telefone do Conselho Tutelar mais próximo digitando “Conselho Tutelar + o nome do seu município” no Google.

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